Boa parte do mundo LTE era 2.6 GHz. O Brasil licitou toda a faixa.
Aí a Apple veio e “determinou” que usaria o 4G LTE em 700 Mhz, 1.8 Ghz ou 2.1 Ghz, fazendo o “refarming” de frequências GSM e 3G … nada de 2.6 Ghz, novas frequências, o mundo em crise, novos investimentos em infra, frequência muito alta (maior que o WiFi), baixo alcance, etc …
Uma semana depois, eis o efeito “Apple” no mundo:
Croácia lança o LTE para 700 Mhz
Luxembourg já fala em iniciar a operação em 1.8 Ghz
Singapura instala “células” dual-band, em 2.6 Ghz e 1.8 Ghz
Dinamarca vai re-cobrir atual rede 4G de 2.6 Ghz com uma de 1.8 Ghz
Podem aguardar porque daqui pra frente vai ser uma migração mundial em massa para frequencias 4G do iPhone 5 …
Querem mais ???
Uruguai acaba de lançar comercialmente sua rede 4G em 2.1 Ghz e o Chile já anunciou que vai operar em 2.1 Ghz também, com testes em andamento e lançamento comercial ainda este ano !
E o Brasil acaba de se consolidar assim como o “coelho” da corrida … saiu na frente cheio de politiquês licitando frequências 2.6 GHz LTE “apostando” na adoção mundial e estudos científicos, veio a Apple e bagunçou tudo, ditou tendência, lançou o básico, mais barato e que exige quase nada de investimento em “roll out” (mesmas antenas do 3G, cabos, tudo, só muda um módulo de rádio na torre, o RRU, troca simples de “placa” de RF) e ficamos com uma rede nacional de 2.6 GHz licitada e sem apoio de fabricantes para a frequência em massa.
O Uruguai e o Chile fizeram o básico, olharam para o “rumo” do mundo, e sem licitar nada de frequência (já estava em uso por serviços 3G) as operadoras começaram a ativar suas redes 4G …
E o Brasil novamente repetindo seu “aprendizado” histórico, que nos lançou ao mais caro e caótico padrão de TV digital já criado (ISDB-T) onde nem mesmo no Japão funciona o mesmo padrão (os receptores HD daqui não funcionam lá e vice-versa, por customização local de padrões) e a nossa tomada “mundial” todo mundo disse que ia usar, adotamos, e até agora somente nós e parte da África do Sul adotou …
Estamos caminhando para o mesmo “buraco” com o 4G …