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Outro dia ministrei uma palestra e o que mais causou impacto na audiência foi a responsabilidade que nós temos pela nossa própria vida.
Sabe o Biel que disse que a jornalista atrapalhou a carreira dele? Como se ele não tivesse nenhuma responsabilidade com o que aconteceu.
É um tema delicado. Num extremo há o vitimismo. E no outro a culpa.
Ambos os extremos são ruins porque perdemos o nosso poder. Poder no melhor sentido do termo, Poder Pessoal.
Se responsabilizamos a vida, os pais, o chefe, o cônjuge, os filhos, o sol, a chuva, as conjunções astrais, … qualquer figura externa, estamos transferindo o nosso Poder Pessoal, estamos delegando o nosso poder de realização.
Não que você tenha culpa por tudo o que acontece na sua vida. Muito pelo contrário. Porque se eu sou culpado, bom… não tem muito o que fazer. Me prende.
A vítima está sempre em busca do seu algoz. E de alguma maneira, o culpado também. O culpado sempre busca a sua pena para redenção.
No meio do caminho entre o vitimismo e o culpabilismo, existe o ser responsável por seus próprios atos.
No exato momento que entendermos o que isso significa… mudaremos de nível no jogo da vida. Porque será o momento que nos entenderemos como realmente poderosos. Poderosos para alteramos a nossa história, poderosos para sermos protagonistas da nossa própria vida.
Quem é assume a responsabilidade pela sua vida não acerta mais dos que os demais. (ok, até acerta um pouco mais. 10% mais para ser preciso. Só que não vou falar disso aqui.)
Quem aceita a responsabilidade por tudo o que acontece consigo pode mudar aquilo que acontece diferente do que deveria.
É um conceito bem difícil. E pouco convencional.
Não existe vítima de roubo. Não existe vítima de nada.
Conversa com quem passou por um roubo… O discurso vai se acumular ao redor de dois pontos.
O primeiro deles: “do nada” eles apareceram. Nada aparece do nada. Os agressores apareceram do nada porque a pessoa estava desatenta.
O segundo ponto: “eu sabia” que ia acontecer. Se sabia, porque foi por aquele caminho?
Você não é culpado. Tão pouco vítima. Você é responsável.
Você pode fazer as coisas diferentes. Não aceitar isso é estar à mercê dos outros.
Se não está contente com o rumo que sua vida está tomando, faça diferente.
Se não está contente com tudo o que aconteceu na sua vida até hoje, pergunto o que tem feito o que para que as coisas sejam diferentes daqui pra frente?
Acorda, vai para o trabalho, vê TV, dorme e repete o ciclo?
– Ah coca, claro que não! Eu também vou para a academia!
É mais do que isso.
Seja protagonista da sua vida.
O que está fazendo para que você se torne um ser humano melhor?
E para melhorar a relação familiar?
Quais os planos para avançar na carreira?
Mas coca, não há risco de que eu passe a ser um arrogante, cabeça dura e metido ao correr atrás de tudo aquilo que quero?
Lembra do “eu sabia” que ia acontecer que falei no caso do assalto?
Como dizia Steve Jobs, de alguma maneira o seu coração sabe o que fazer.
Você vai desenvolver com a prática o que chamo de “Ler os Sinais” para se manter na linha.
Lembro que uma vez meu MacBook deu problema fora da garantia e meu impulso foi viajar para comprar outro. Coincidentemente, ou não, nesse mesmo dia vencia meu visto para viajar.
O Alexandre Costa disse que eu tinha sido descuidado e deixara vencer o visto. Nada além disso. Meu Protagonismo concorda.
Entretanto, como eu perdi a renovação do visto? Eu uso lembretes… Curioso, não?
Sinais… Tempo depois acabei por descobrir que não era de fato um bom momento para viajar. Mas isso é uma outra história.
Ser protagonista e saber Ler os Sinais não fará da sua vida um mar de rosas. Vai ser difícil. Terá Resistência. Mas será o que chamo de caminho de menor resistência.
Qual caminho você vai trilhar?