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Sobre Protagonismo

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imagem via Shutterstock

Outro dia ministrei uma palestra e o que mais causou impacto na audiência foi a responsabilidade que nós temos pela nossa própria vida.

Sabe o Biel que disse que a jornalista atrapalhou a carreira dele? Como se ele não tivesse nenhuma responsabilidade com o que aconteceu.

É um tema delicado. Num extremo há o vitimismo. E no outro a culpa.

Ambos os extremos são ruins porque perdemos o nosso poder. Poder no melhor sentido do termo, Poder Pessoal.

Se responsabilizamos a vida, os pais, o chefe, o cônjuge, os filhos, o sol, a chuva, as conjunções astrais, … qualquer figura externa, estamos transferindo o nosso Poder Pessoal, estamos delegando o nosso poder de realização.

Não que você tenha culpa por tudo o que acontece na sua vida. Muito pelo contrário. Porque se eu sou culpado, bom… não tem muito o que fazer. Me prende.

A vítima está sempre em busca do seu algoz. E de alguma maneira, o culpado também. O culpado sempre busca a sua pena para redenção.

No meio do caminho entre o vitimismo e o culpabilismo, existe o ser responsável por seus próprios atos.

No exato momento que entendermos o que isso significa… mudaremos de nível no jogo da vida. Porque será o momento que nos entenderemos como realmente poderosos. Poderosos para alteramos a nossa história, poderosos para sermos protagonistas da nossa própria vida.

Quem é assume a responsabilidade pela sua vida não acerta mais dos que os demais. (ok, até acerta um pouco mais. 10% mais para ser preciso. Só que não vou falar disso aqui.)

Quem aceita a responsabilidade por tudo o que acontece consigo pode mudar aquilo que acontece diferente do que deveria.

É um conceito bem difícil. E pouco convencional.

Não existe vítima de roubo. Não existe vítima de nada.

Conversa com quem passou por um roubo… O discurso vai se acumular ao redor de dois pontos.

O primeiro deles: “do nada” eles apareceram. Nada aparece do nada. Os agressores apareceram do nada porque a pessoa estava desatenta.

O segundo ponto: “eu sabia” que ia acontecer. Se sabia, porque foi por aquele caminho?

Você não é culpado. Tão pouco vítima. Você é responsável.

Você pode fazer as coisas diferentes. Não aceitar isso é estar à mercê dos outros.

Se não está contente com o rumo que sua vida está tomando, faça diferente.

Se não está contente com tudo o que aconteceu na sua vida até hoje, pergunto o que tem feito o que para que as coisas sejam diferentes daqui pra frente?

Acorda, vai para o trabalho, vê TV, dorme e repete o ciclo?

– Ah coca, claro que não! Eu também vou para a academia!

É mais do que isso.

Seja protagonista da sua vida.

O que está fazendo para que você se torne um ser humano melhor?
E para melhorar a relação familiar?
Quais os planos para avançar na carreira?

Mas coca, não há risco de que eu passe a ser um arrogante, cabeça dura e metido ao correr atrás de tudo aquilo que quero?

Lembra do “eu sabia” que ia acontecer que falei no caso do assalto?

Como dizia Steve Jobs, de alguma maneira o seu coração sabe o que fazer.

Você vai desenvolver com a prática o que chamo de “Ler os Sinais” para se manter na linha.

Lembro que uma vez meu MacBook deu problema fora da garantia e meu impulso foi viajar para comprar outro. Coincidentemente, ou não, nesse mesmo dia vencia meu visto para viajar.

O Alexandre Costa disse que eu tinha sido descuidado e deixara vencer o visto. Nada além disso. Meu Protagonismo concorda.

Entretanto, como eu perdi a renovação do visto? Eu uso lembretes… Curioso, não?

Sinais… Tempo depois acabei por descobrir que não era de fato um bom momento para viajar. Mas isso é uma outra história.

Ser protagonista e saber Ler os Sinais não fará da sua vida um mar de rosas. Vai ser difícil. Terá Resistência. Mas será o que chamo de caminho de menor resistência.

Qual caminho você vai trilhar?

Gustavo Faria

de um tempo em que a UFRJ formava não cientistas da computação, mas bacharéis em informática e acompanhe as Dicas do Coca.
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